sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Então...

"Então..." assim era pra terminar as grandes histórias, porque elas não deviam terminar, apenas ter um "então" como forma de agraciar nosso coração com a possibilidade de continuidade, de que não acaba simplesmente naquele beijo, ou naquele encontro, ou naquele choro, ou. Olha como seria mais interessante: "e Ana no auge de sua euforia corre e entra no mar, braços abertos, joga-se. Então..." E ai nesse exato momento entra em ação nossa imaginação, e ai sim surge a fora um novo capítulo, e o que acontece depois que ela sair do mar, ou quem sabe não sair é você. Há tantas possibilidades para a Ana se colocado o então ao invés desse famigerado fim. Fim de que? Se a Ana entrou no mar como pode ter fim, mesmo que ela se afogue não acabou, daí ela foi pro hospital ou morreu e se morreu quem foi pro enterro e quem chorou, e. O então pode permitir que você escolha e imagine de sua forma como e o que a Ana fez depois. "Ana saiu do mar e não olhou mais para ele, só caminhou calada, seguiu assim até em casa, até o quarto, entrou e bateu a porta. Então..."

1 cochichos:

Íris Jesus disse...

...se viu em um mundinho autista, mediócre e sem emoção. Não queria mais pensar naquilo que se deixara de fazer durante o dia e que, lamentavelmente, não poderia ser feito durante a noite.
Mas foi aí que os últimos raios de sol passaram pela janela e Ana, a garota dos olhos de Capitu, se deu conta do tempo esquecido.
Decidiu-se tão rápida quanto o bater das asas de um beija flor, levantou-se da cama, abriu a porta e deixou para trás as longas madeixas flamejando... Então...