terça-feira, 29 de junho de 2010

Uma Terça. Um Trecho.

Bom, não me perguntei o porque, se pela beleza e por sentir tanto a Clarice aqui, bem aqui ao ler esse texto, se em homenagem a Lores (rs) ou por qualquer outro "se" possível, mas ma deu imensa vontade de posta essa carta que o Caio Fernando Abreu escreveu à Hilda Hilst no dia em que conheceu a Clarice Lispector... Apreciem, sintam esse sabor gostoso das palavras do Caio.

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Hildinha, a carta para você já estava escrita, mas aconteceu agora de noite um negócio tão genial que vou escrever mais um pouco. Depois que escrevi para você fui ler o jornal de hoje: havia uma notícia dizendo que Clarice Lispector estaria autografando seus livros numa televisão, à noite. Jantei e saí ventando. Cheguei lá timidíssimo, lógico. Vi uma mulher linda e estranhíssima num canto, toda de preto, com um clima de tristeza e santidade ao mesmo tempo, absolutamente incrível. Era ela. Me aproximei, dei os livros para ela autografar e entreguei o meu Inventário. Ia saindo quando um dos escritores vagamente bichona que paparicava em torno dela inventou de me conhecer e apresentar. Ela sorriu novamente e eu fiquei por ali olhando. De repente fiquei supernervoso e sai para o corredor. Ia indo embora quando (veja que GLÓRIA) ela saiu na porta e me chamou: - “Fica comigo.” Fiquei. Conversamos um pouco. De repente ela me olhou e disse que me achava muito bonito, parecido com Cristo. Tive 33 orgasmos consecutivos. Depois falamos sobre Nélida (que está nos States) e você. Falei que havia recebido teu livro hoje, e ela disse que tinha muita vontade de ler, porque a Nélida havia falado entusiasticamente sobre Lázaro. Aí, como eu tinha aquele outro exemplar que você me mandou na bolsa, resolvi dar a ela. Disse que vai ler com carinho. Por fim me deu o endereço e telefone dela no Rio, pedindo que eu a procurasse agora quando for. Saí de lá meio bobo com tudo, ainda estou numa espécie de transe, acho que nem vou conseguir dormir. Ela é demais estranha. Sua mão direita está toda queimada, ficaram apenas dois pedaços do médio e do indicador, os outros não têm unhas. Uma coisa dolorosa. Tem manchas de queimadura por todo o corpo, menos no rosto, onde fez plástica. Perdeu todo o cabelo no incêndio: usa uma peruca de um loiro escuro. Ela é exatamente como os seus livros: transmite uma sensação estranha, de uma sabedoria e uma amargura impressionantes. É lenta e quase não fala. Tem olhos hipnóticos, quase diabólicos. E a gente sente que ela não espera mais nada de nada nem de ninguém, que está absolutamente sozinha e numa altura tal que ninguém jamais conseguiria alcançá-la. Muita gente deve achá-la antipaticíssima, mas eu achei linda, profunda, estranha, perigosa. É impossível sentir-se à vontade perto dela, não porque sua presença seja desagradável, mas porque a gente pressente que ela está sempre sabendo exatamente o que se passa ao seu redor. Talvez eu esteja fantasiando, sei lá. Mas a impressão foi fortíssima, nunca ninguém tinha me perturbado tanto. Acho que mesmo que ela não fosse Clarice Lispector eu sentiria a mesma coisa. Por incrível que pareça, voltei de lá com febre e taquicardia. Vê que estranho. Sinto que as coisas vão mudar radicalmente para mim – teu livro e Clarice Lispector num mesmo dia são, fora de dúvida, um presságio. Fico por aqui, já é muito tarde. Um grande beijo do teu

Caio.
(29/12/1970)

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Nada mais além de uma ótima terça!
Beijos... =** 

terça-feira, 22 de junho de 2010

Uma Terça. Um Trecho.

Rá! Ora francamente... Eu num disse Sírlia, que o nome da música era "Atrás da Porta"... Teimosa, viu?! Acertei novamente... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... Beijos!

Atrás da Porta
(Francis Hime - Chico Buarque)

Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei, eu te estranhei
Me debrucei sobre teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
Nos teus pelos, teu pijama
Nos teus pés ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta
Reclamei baixinho
Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua

Só pra provar que inda sou tua...


"Ei, psiu! e agora, já sabe como é?" rs!
As palavras hoje estão bem trituradas, palavras secas e vazias...
Beijos e té próxima terça... =**

P.S.: não precisa imaginar, não vai passar disso... hsuashuashashuhsuashau.

22 (ignore o título)

Amanheci inundada de pensamentos vagos e um sono pesado, era o professor me falando e eu só pensando na minha cama, que ficou lá quentinha, me esperando. Pensei em ti, alguma novidade nisso? Rs! E ainda tô p... da vida com coisas mal planejadas, mas vamos lá, meu bom humor hoje tá intocável...

P.S.: Tô com aquela música da Lily Allen na cabeça "22", sabe qual é? É, essa mesma... Todavia não é essa que vou postar logo mais... rs!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Uma Terça. Um Trecho.

Vinha no buzão ouvindo Kid Abelha e não sei por que essa música me chamou mais atenção que antes...

Meu vício agora
(George Israel - Paula Toller)


Não vou mais falar de amor
De dor, de coração, de ilusão
Não vou mais falar de sol
Do mar, da rua, da lua ou da solidão

Meu vício agora é a madrugada

Um anjo, um tigre e um gavião
Que desenho acordada
Contra o fundo azul da televisão

Meu vício agora...

É o passar do tempo
Meu vício agora...
Movimento, é o vento, é voar...é voar

Não vou mais perder

Lágrimas baratas sem nenhum porque
Não vou mais perder
Melôs manjadas de Karaokê

E mesmo assim fica interessante

Não ser o avesso do que eu era antes
De agora em diante ficarei assim...
Desedificante

Meu vício agora...

É o passar do tempo
Meu vício agora...
Movimento, é o vento, é voar... é voar




Hoje jogo do Brasil!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Depois teremos postagem sobre a copa... rs!
Beijos, bom jogo e até terça... =**



segunda-feira, 14 de junho de 2010

2 anos... =/

 


Oh Mestre!
Saudade bateu forte hoje, desde a hora que acordei e me veio a mente o quanto esse tempo corre rápido. Dois anos e uma saudade que não se acaba...
Sem saber mais o que falar, um dia espero que essa saudade acabe, embora saiba que esse desejo será em vão. Essa falta ficará sempre aqui!
Grande Mestre, grande AMIGO... e simplesmente Dadá!

sábado, 12 de junho de 2010

Palavras recebidas... palavras amadas... ^^

Ow meu amor, a saudade já me tirou lágrimas, dores e hoje ela também veio me tirar o ar. O que me conforta é saber que nos pertencemos. Que um dia tudo isso passa e será apenas lembranças. Não sairei e nem deixarei você escapar. Não vejo a hora de ter o nosso momento, aquele q será marcado e eternamente lembrado! Beijos e mais beijo à você que tanto amo! 

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"Adoro as frases recitadas por você..." Adoro ainda mais recitá-las, pois você domina a minha cabeça e  minhas inspirações.. Todas as frases são feitas pensando não em mim, nem em você, mas pensando em nós, porque hoje mais do que eu e você, existe nós.
Amo você meu (...), esperemos que seja pela eternidade, porque amor para suprir todo esse tempo NÓS temos!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

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Acordei num susto, estava atrasada, o frio e a chuva me faziam querer ficar ainda mais na cama... Desde que acordei não mudo meu pensamento um segundo que seja, a aula me sufocava e eu precisava contar o quanto sinto sua falta e o quando eu quero pode deixar de senti-la. Diz, me engane, minta... mas diga que vai passar logo... A saudade dói, e eu preciso que pare, antes que não aquente mais ficar sem ar...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Uma Terça. Um Trecho.

Hoje me deu vontade de ouvir uma banda que há muito tempo não ouvia: Catedral. Dentre tantas músicas belas escolhi uma (na maior dúvida) pra postar e dedicar á você ai! Depois posto outras deles, elas tem uma histórinha bacana na minha vida... 

Sabe Lá...
(Banda Catedral)

Tenho a voz do meu amor
Dentro do meu coração
Livre, forte, sem temor
Melodia da canção

Sabe lá, sabe lá
Sabe lá o que é amar?
Sabe lá, sabe lá
É difícil explicar

É ceder, mais que querer
É um eterno aprender
É preciso mesmo sem
Necessariamente ser

É poesia e emoção
É razão sem perceber
É sonhar sem medo algum
É não querer entender

Sabe lá, sabe lá
Onde mora a paixão?
Sabe lá, sabe lá
Confundir a ilusão...

Tenho o amor que me dá paz
Que dá força pra seguir
Que me tira da aflição
Que me mostra aonde ir

Sabe lá, sabe lá
O que é não ser feliz?
Sabe lá, sabe lá
Não ser livre num país?


Sabe lá, sabe lá... Mas eu sei sim, e aprendo cada dia mais contigo... Feliz com tudo isso.
Beijos e até próxima terça... =** 

sábado, 5 de junho de 2010

Era uma vez...

Há dois meses resolvi sair por ai, barco á vela e uma mochila nas costas, saí a procura de uma senhora, uma senhora velha, muito velha que tenha grande sabedoria, seu nome? Felicidade... Me disseram que o caminho até encontrar a casa dessa senhora era longo e muito complicado, mas mesmo assim quis enfrentar tal caminho... Todavia, senti a sensação de alegria e o desejo saciado, que talvez a tal senhora nem soubesse me dizer. Hoje, navego com uma vontante de não parar, a viagem é me faz sentir-me real, tão humana e realizada que hoje, pouco importa se vou encontrar a casa da Senhora Felicidade, o que eu realmente quero é que essa viagem não tenha fim...

terça-feira, 1 de junho de 2010

Uma Terça. Um Trecho.

Hoje uma poesia que há tempos conheço, mas apenas agora me fez um sentido. Não que eu não a achasse bela, sempre achei, mas foi agora que entendi de fato sua beleza.

Metade
(Oswaldo Montenegro)

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca; 
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada 
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta 
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso 
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria 
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada 
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.
 
 
 
Ah, vontade de caminhar sem rumo (aparente)...
Um dia esse dia chega, e a gente se encontra na metade do caminho.
Beijos a todos até terça! =**

Sobre madrugadas frias...

A chuva bateu forte ontem e hoje pela madrugada tava um frio gostoso... Uma vontade de sentir a temperatura natural da pele e até quem sabe o sabor dos lábios. A chuva bateu forte ontem e hoje, pela madrugada tava um frio gostoso... Acordei as 04h05 para me enrolar mas, o lençol já não me bastava...